terça-feira, 12 de junho de 2007

Dia dos namorados


Hoje acordei pensando nesse soneto aí em baixo.

E tive pensamentos "amelísticos" do tipo: quantos casais de namorados escreverão em cartões, papéis de carta, recitarão um ao outro esse soneto hoje???

Difícil responder... Ele é manjado, mas é lindo!
E não há nada mais bonito em que eu consiga pensar para dizer hoje!

Soneto de Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

(Vinicius de Moraes)

Amo-te gigantescamente!!!

(Imagem: Pablo Picasso - Le Baiser)

sábado, 9 de junho de 2007

Eu faço gente!



Eu faço gente!
Faço gente que (na maioria das vezes) já é grande
E por isso mesmo já tem características só suas
E já tem história
E eu refaço toda a gente que faço
Sempre que eu quero
Sempre que é necessário
Mesmo assim, ninguém é perfeito

Faço gente com as mãos
E cada gente é única
Não preciso sequer jogar os moldes fora
Porque pra mim eles são inúteis!
Às vezes uso instrumentos
Estranhos instrumentos...
E dou às "gentes" que faço, os seus próprios instrumentos
Que podem (até) ser musicais
Dou a elas o que lhes cabe
O que elas querem

Eu posso!

Uso adesivos pra juntar cada pedaço de gente feito individualmente
E essa gente não se parte
Não se quebra
E, embora feita em partes, é um todo
A minha gente é completa
E eu, que sou gente feita de outro amterial, não sou.

Mas faço gente.
E lembro de cada gente que fiz
E sei que minha gente serve pra fazer gente como eu, um pouquinho mais feliz...

(Michele.)