sábado, 21 de março de 2009

Do contra!


Não sei de quem é essa imagem, mas ela me definiu tão bem...

Hoje tô tendo má digestão com coisas que me foram ditas por alguém que, supostamente, me conhece bastante e tinha outra opinião a meu respeito.

Contrariar as pessoas às vezes pode ser muito esclarecedor! Os pontos de vista ficam claros, o julgamento que fazem de você também. Triste que o mundo seja isso, né?

As coisas reais são tão diferentes dos meus devaneios... Devia ser isso que o Freud considerava como um conflito entre prazer e realidade. Acho que tô experimentando isso nesse momento. E "de com força"!!!

Sei lá...

A Clarice talvez tenha algo que me define tão bem quanto essa imagem. Ela diz:

"Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.

Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei." (Clarice Lispector)

A realidade me tortura, especialmente quando me mostra que meu mundo cor de mel é uma farsa...

E depois de não ter dito coisa com coisa, vou dormir que é melhor pra tosse!!!

Beijo e tchau!