sexta-feira, 20 de julho de 2007

Até logo, pessoal!


Dia de despedida.
Dia de mudança.
Mais um dia de fazer as malas.

É óbvio que tinha que ser um dia festivo. 20 de julho, dia do amigo!

Vou embora sem saber se realmente eu queria ficar dessa vez. Às vezes acho que sim, porque estou indo pra longe da minha família número 2. Amigas tão especiais que não só me acolheram, mas me adotaram.

I was born a child of grace...

Apesar de tudo, posso dizer dessa jornada que se encerra hoje, que tenho coisas boas pra levar comigo. Posso dizer que cresci e que entendi um pouco mais o verdadeiro sentido de uma amizade.

Rosângela, Raíssa, Rosana, Maria, Ju, Cissa e Zé, obrigada por tudo!!! Obrigada por terem se tornado minha família baiana, pela confiança, pela dedicação nos momentos críticos, pela alegria e leveza dos últimos dois meses. Vocês serão pra sempre a parte mais especial desse pedaço da minha história.
Amo vocês de todo o coração!!!

Há outras pessoas também muito queridas e especiais que guardarei com muito carinho!

E daqui pra frente... Fico cantando o tempo todo: E se quiser saber pra onde eu vou, pra onde tenha Sol, é pra lá que eu vou.

Mas acho que minha música tema nessa novela quase mexicana deveria ser:
Minha vida é andar
Por esse país
Pra ver se um dia
Descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei

Chuva e sol
Poeira e carvão
Longe de casa
Sigo o roteiro
Mais uma estação
E alegria no coração

Mar e terra
Inverno e verão
Mostra o sorriso
Mostra a alegria
Mas eu mesmo não
E a saudade no coração

Au revoir!!!

(Imagem: Pablo Picasso - Blue Nude)

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Luto


É assim que o dia está, dentro da minha cabeça. Totalmente cinza. Nebuloso.

Aquele acidente, aquelas mortes, a dor daquelas pessoas. Tudo isso são coisas que não consigo alcançar. Isso me angustia.

Inconcebível pais perderem seus filhos. Perderem mais de um filho. Tão estupidamente.
Inimaginável pra mim o tamanho dessa dor...

Sei lá, fiquei pensando que em qualquer esquina tudo pode mudar.
Não tem nem sentido fazer disso um drama pessoal, mas por várias vezes me perguntei ontem se vale a pena ficar longe dos meus.

Que lamentável!
Minha solidariedade e meus sentimentos a todos os que foram afetados por aquela estupidez.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Fasten seat belt while seated


De volta à Bahia...

E de novo tudo igual.
Fui à Belém, quis ficar por lá mesmo.
Vi o Paulo, chorei de saudade antes mesmo de me despedir.
Uma decolagem, um pouso, mais uma decolagem, outro pouso. E de novo senti medo de avião...

Como diria o Almir Gabriel, o problema é a sensação de insegurança!

E vinha pensando durante todo o vôo, que escreveria aqui novamente.
E que diria que eu percebi que era uma pessoa feliz. Que eu gostava de ajudar os outros, de estar à disposição, de ser responsável por certas coisas, de me envolver com os problemas de terceiros...
Enfim, eu ia dizer que gostava de ser como eu era antes.

Mas, espera aí... Ops! E a MINHA vida, onde é mesmo que ficava???

Ai, ai... Não quero viver em um caminhão de mudança pra sempre (embora quem já mudou várias vezes saiba que essa seria uma excelente opção!).
Eu também quero uma casa com compartimentos que exerçam sua função original.
Quero um sofá, uma mesinha de centro, uma mesa de jantar, uma cama, um guarda-roupa, armários na cozinha e alguém pra fazer meu almoço.
E quero o Paulo morando comigo por 40 anos e meio!

Chega de viver no improviso!!!

Tchau, queridos.

(Imagem: National Geographic)