quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Dois anos em um!



Como diria o Tim Maia, mais um ano se passo-ou...

Ô ano longo, viu?! Foram 729 dias sem trégua.
Pra mim, a virada de 2006 será pra 2009, porque os dois anos que (não) passaram foram um só.
Ainda bem que acabou...

A minha não-mudança de ano começou quando subi naquele ônibus. É como se eu estivesse em um episódio da Caverna do Dragão atravessando um desfiladeiro infinito pra fugir do Vingador e a cada passo que eu desse o chão atrás de mim fizesse crash e virasse pedrinhas caindo no abismo. Claro que o Vingador voa e de vez em quando me deu umas espetadinhas com seu chifre. E como desgraça pouca é bobagem, o filho-da-mãe do Mestre dos Magos saiu de licença prêmio.

O meu revéillon de 2006 pra 2009 será dia 27 desse mês. Vou dormir sozinha outra vez; coisa que não faço há um ano. O que, aliás, é muito bom. Eu quis dizer que não dormir sozinha é muito bom, ok?

A solidão é o momento propício pra mudança, pro reconhecimento. Tempo pra pensar em mim e em todos os meus diagnósticos. Tempo pra sentir saudade e reabastecer o amor. Tempo pra listar os desejos, organizar os negócios e limpar a casa. Tempo pra mudar de atitude e definir as minhas 101 prioridades. Tempo pra falar pouco e não ouvir nada.

A minha solidão não terá dentes de chumbo outra vez. Dessa vez ela vai sorrir branquinho, um sorriso colgate! O meu exercício na sua companhia - da solidão - será o da determinação. Estou determinada a ser diferente. A viver um novo ano, aceitar que tenho uma nova vida, que posso ser uma nova pessoa. Preciso que a determinação esteja presente, porque quando a química altera, eu volto no tempo e acrescento um dia a mais no meu ano de 729 dias.

Essa é minha resolução de ano novo: EU VOU SER FELIZ!

Vou ver meus amigos, telefonar mais vezes pros que estão distantes, visitar meus pais de vez em quando, sair com meus irmãos, beijar muito meu sobrinho, não cultivar sonhos impossíveis, assistir boas séries de televisão, ir ao cinema de vez em quando, dormir cedo, acordar cedo, caminhar, ser afetivamente independente, parar de reclamar, cantar durante o banho, chorar de alegria, chorar de emoção, evitar a tristeza, ler bons livros, esquecer os devaneios, tomar decisões sensatas, tomar decisões por conta própria, ter meu próprio cartão de crédito (ou não), ver o Sol nascer, ver o Sol se pôr, fazer novos amigos, pagar dívidas e ver o mar em Salvador... O mar em Salvador é a coisa mais linda, mais emocionante, mais contagiante, mais aconchegante, mais incrível e bem maior que tudo isso!

Quer saber, Ano Velho? Estou me despedindo de ti hoje mesmo. Tchau pra ti! Até nunca mais!!!

2009, por favor, seja finalmente (positivamente) forte e poderoso!!!

Boas festas!

sábado, 25 de outubro de 2008

Sobe, astral!


Baixo astral total... É assim que eu tô hoje.
Tenho feito inúmeras tentativas pra que as coisas comecem a dar certo, mas parece que faço algo errado.

A sensação que eu tenho é que as pessoas dificilmente vão com a minha cara... Sei lá, freqüentemente é meu o último post em uma discussão no orkut, as pessoas não voltam pras aulas por muito tempo, não retornam meus telefonemas, não respondem meus emails.

Será que ninguém leu jornal essa semana??? O que eu planejei com tanto carinho e com tantas horas de dedicação foi um fiasco...

Pra piorar, amanhã tem eleição... Quem eu escolho? O péssimo ou o fiasco??? Enrascada, né?

Nem sei o que dizer...
O sono me pegou...

Ô finaldesemanazinho esse, viu?

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Eu shamuzo, tu shamuzas, ele shamuza


Comecei a ler um livro que o Paulo comprou: "O que a baleia Shamu me ensinou sobre vida, amor e casamento - Lições dos animais e seus treinadores para todos nós", de Amy Sutherland, Editora Best Seller, 204 páginas, R$19,90 (aqui em Belém).

Não consigo mais parar!!!


Não quero assustar ninguém dizendo que é um excelente manual de análise do comportamento para leigos e - diga-se de passagem - para analistas do comportamento que muitas vezes esquecem sob que princípios o mundo (e todo mundo) funciona. Pra mim tá sendo excelente!

Mesmo lendo esse post, comprem o livro, porque é muito bom! Muito mesmo!

Agora estou tentando deixar de lado algo que é uma prática freqüente minha: o antropomorfismo. E eu não estou me referindo apenas a animais não-humanos. Definindo operacionalmente, resolvi seguir o conselho da Amy e aderir ao exercício de encarar comportamento apenas como comportamento, sem atribuir a eles nenhum status especial. Sabe aquele papo de organismo, interação, ambiente e tals? Muito mais simples, né?

Mais simples que achar que tudo diz respeito a mim e que eu tenho responsabilidade e controle sobre as coisas. Nada pessoal.

Também decidi preparar todos os animais à minha volta para o sucesso. Achar o momento certo pra aplicar as técnicas do treinamento progressivo e garantir, assim, o mínimo sucesso. O bom é poder fazer isso na prática e ver o meu próprio progresso (ainda tímido) ao pensar como treinadora de animais.

Nada mais de ironia, implicância, irritação; é aí que quero chegar! Estou no primeiro passo da tarefa e, mesmo que seja difícil adotá-la, enquanto a leitura está fresquinha tem sido divertido e prazeroso. O que significa que o treinamento de mim mesma tem muitas chances de ser bem-sucedido.

Hoje, por exemplo, vendo o Paulo produzir um pôster super bacana pra Semana Científica do lab, sentado por um tempão na frente do notebook, com o pescoço totalmente curvado pra baixo, na direção da tela do computador, fazendo uma curva absurda na coluna, provavelmente adquirindo várias inflamaçõezinhas, cultivando o que mais tarde vai ser uma bela dor nas costas e a companheira dor de cabeça. Obviamente que tentar prevení-lo do resultado é minha obrigação, porque eu o amo, mas depois de várias tentativas eu compreendi que naquele momento, tudo o que interessava a ele era concluir aquele trabalho. Naquele momento ele não estava preparado para o sucesso.

Uma das tarefas mais bacanas sugeridas no livro é conhecer as espécies com as quais lidamos no dia-a-dia e a Amy fala tanto do próprio marido como uma espécie que é impossível não fazer relações semelhantes. O Paulo deve fazer parte de uma espécie em extinção...

A Amy conta que quando ela abraçou um golfinho, descobriu que para eles - os golfinhos - aquilo era apenas mais uma tarefa aprendida. Não tem nada de carinho, nem de relação especial com os seres humanos, é apenas mais um caminho até as sardinhas. Mesmo assim, ela riu como idiota curtindo sua "experiência única na vida". Quando eu vi uma girafa pela primeira vez, me emocionei. Até chorei, com o carão da girafa bem pertinho da minha cara, mascando aqueles folhas - a girafa, não eu - me olhando meio de lado. Grande coisa pra girafa. Quantos humanos não passam por ela todos os dias no zoológico de São Paulo???

Mas a minha espécie é assim: emotiva, preocupada, gosta de preparar surpresas e dar presentes, gosta de beijar na boca, andar de mãos dadas, ganhar flores roubadas, inclinada a arroubos de paixão, às vezes à tristeza profunda, deseja que os dígitos da conta bancária se multipliquem magicamente, deseja perpetuar a espécie e fantasia sobre isso, quer ser gostada, cultiva amigos e família etc, etc,etc...

Lendo sobre a experiência da Amy com o golfinho foi inevitável vir dar uma olhadinha no Paulo, enquanto ele trabalhava. E eu olhei com a cara de bocó característica da minha espécie ao olhar para o animal amado. Tive vontade de dizer a ele, naquele momento, o que eu escrevo agora: não importa se nós somos o golfinho e a humana; cada vez que ele "cumpre o protocolo" pra ganhar a sardinha dele mais tarde, eu me sinto como uma "igiota", curtindo o meu momento único. Me sinto feliz.

Ele já conhece direitinho o animal com o qual está casado e sabe perfeitamente como me treinar! Ele me shamuza direitinho!!!

Claro que com os demais animais com os quais lido, pretendo adotar todas essas práticas também, mas sem esquecer nunca de uma regra de ouro: tudo que tem boca morde!
Pra bom entende dor, mei palavra basta.

Leiam o livro e vejam como é legal e possível pensar como treinadores de animais em todos os momentos da vida.

Acho que vou mandar fazer uma camiseta: Descubra o poder de shamuzar!
Hehehehehehehe...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Flashback




É isso aí... Recordar é viver!
O dia de hoje foi legal. Choveu. Finalmente, depois de algumas semanas fazendo aquele calorão que só quem vive(u) aqui conhece.
O calor aliviou? Não, claro que não.
Mas por alguns instantes eu pude lembrar do cheiro do asfalto molhado, aquela poeirinha virando lama e aquele cheirinho da terra molhada. Booooommm...
Depois disso, encontrei pessoas com as quais até encontro com certa freqüência, mas as lembranças delas desencadearam as minhas.
Nem são lembranças tão boas assim, mas são engraçadas.
Lembrar dos lenços "emudecidos" é sempre um barato!!! Sempre acaba em risada!
Outras coisas me lembraram a finitude das coisas e eu fiquei nostálgica. Por ciclos que se encerram, relações que acabam, lugares que deixamos de freqüentar...
A substituição das coisas é a parte difícil da vida.
Será mesmo possível substituir o amor perdido por outras coisas "prazerosas"? A amizade que evanesceu por novas que certamente irão requerer um esfooooooooorço daqueles?
Sei lá, eu gosto da manutenção. Da ordem. Da regularidade.
Devo ser meio autista...
Ou "saciei" no que diz respeito à mudanças. Claro que mudar pra melhor é sempre legal e muito mais fácil. Às vezes. No que diz respeito às coisas simples, pelo menos.
Claro, se as outras não fossem complexas elas seriam simples, logo, fáceis. Ou menos difíceis.
Ah! Isso pra mim é como pensar no infinito. Dá uma agonia absoluta e sem solução, de maneira que o melhor é não pensar sobre.
E tenho dito.

domingo, 3 de agosto de 2008

A mocinha morre no final...

Eu sei de uma coisa que vocês não sabem!!!

Foi assim que tudo aconteceu:

Dodi e Donatela eram amantes mesmo na época em que ela era casada com o Marcelo, e ele com a Flora. Obviamente, todo mundo sabe que a Flora e o Marcelo também eram amantes...

Dos três (Dodi, Flora e Donatela) a Donatela foi quem se deu melhor. Marido rico é sempre um bom investimento. Para o Dodi, então, um marido que poderia render 22 milhões de dólares para a esposa, parecia um investimento melhor ainda.

Quando Dodi e Donatela eram amanates, ele já levava várias vantagens. Mas, inesperadamente a Donatela engravidou e tinha certeza que o filho não era do Marcelo. Isso foi um golpe pro Dodi, que não é exatamente um cara afetuoso, e considerou que aquele filho representava uma super ameaça às suas regalias.

Foi aí que ele resolveu matar "três coelhos com uma caixa d'água só", como diria minha amiga Magda.

Matou o Marcelo antes que ele descobrisse que o filho não era dele e pudesse abandonar a Donatela para ficar com a Flora que, afinal de contas, era sua amante e tinha uma filha que todos tinham certeza que era filha dele também.

Para se livrar da possibilidade de qualquer acusação e de mais alguém com quem tivesse que dividir a herança milionária, incriminou a Flora. O que, aliás, deu muito certo, porque apesar de ela realmente não ser a assassina, nunca foi flor que se cheire.

Mas restava a criança, filho dele e da Donatela para deixar rastros e a possibilidade sempre presente de eles terem seu caso descoberto e correrem o risco de Donatela ser desmoralizada e perder a grana.

Diante disso, ele de alguma forma chantageou o Silveirinha - que sempre detestou a Donatela - para ele sumir com a criança. E foi assim que Halley foi trocado pelo bebê morto de Cilene, que até semana passada nem desconfiava disso.

Foi assim também que a Flora e o Halley ficaram ricos da noite pro dia.

Os valores ainda não foram revelados, mas imagina a indeização que ela recebeu pelos 18 anos passados na cadeia! Sim, porque alguém que conseguiu - no Brasil - ficar 18 anos cumprindo pena, certamente conseguiu na maior rapidez receber essa bolada.

O pai dela, o Pedro, passou a amá-la mais que tudo. Não só pela culpa de ter julgado e abanadonado a filha à própria sorte, mesmo diante de sua alegação de inocência, mas, acima de tudo, porque com essa grana ele escapou da morte pelas dívidas de jogo.

A Lara, coitada, foi internada na Clínica Holos, em Salvador, depois de três tentativas de suicídio. A frustração dela ficou cada vez maior, conforme ela ia descobrindo que não podia confiar em ninguém.

Depois que ela descobriu que o Halley havia mentido pra ela, fez a primeira tantativa, que, ÓBVIO, não deu certo. Isso aumentou sua revolta e ela tentou outra vez. Quando novamente não deu certo e ela percebeu que nem pra cometer suicídio servia, tentou outra vez e, após o fracasso, pirou de vez.

O Gonçalo e a Irene até hoje brigam porque os dois estavam com a razão, mas, por algum motivo têm suas restrições, um com a Flora, a outra com a Donatela.

O Dodi foi preso e o Dr. Salvatori foi na cadeia visitá-lo, planejando uma vingança maligna, porque a essa altura, São Paulo e o mundo sabem que ele é frequentador assíduo das noites do Parque Trianon. Quando tava saindo de lá inventou a mentirinha inocente, que rapidamente se espalhou entre os detentos, de que Dodi era pedófilo. Aí já viu, né? Princesa Dodi...

É... O mundo é mesmo cruel...

E aí? Qual é a sua aposta?
Está aberto o Bolão da Favorita!

Bjs.

terça-feira, 10 de junho de 2008

FM!!!


FM, nesse caso, quer dizer "fala merda". Merda é palavrão e eu não gosto de escrever palavrão, o que é uma grande bobagem, considerando que falo palavrões. Mas não deveria, porque é grosseiro e "tals", meus pais não gostam e blá, blá, blá...


Hoje meu dia teve disso: falei merda! Coisas de quem acha que tem opinião a dar, ou, como diria o Renato Russo, de quem fala demais por não ter nada a dizer. Não tinha nada que dizer aquilo... Pode se rasgar de curiosidade que eu nunca, jamais, em tempo algum vou repetir a merda gigante que falei hoje. Impensado. Impulsivo. Irresponsável.



Arependimento pode não matar, mas tira o sono. E como culpa é comigo mesmo, aqui estoueu, acordada! Pra variar, pensando, me consumindo, perdendo minutos preciosos do meu sono, que eu não compensarei amanhã de manhã. Imperdoável. Injustificável. Irrevogável.



Sabe o tipo de coisa que se diz num momento de fúria, ou até de empatia? Ninguém me perguntou, mas lá estava eu respondendo. Que raiva de mim mesma por repetir um erro tão primário e conhecido. Ofensiva. Generalista. Mentirosa.



Desculpa, pessoal. Não foi por mal...

terça-feira, 3 de junho de 2008

Nem sei o que dizer...


Perdi o sono. Mais uma vez.
Isso acontece comigo com certa freqüência.
Algo perturba meu sono, eu acordo, percebo que estou com sede, levanto, bebo água, não durmo mais.

Péssimo.

Mas eu tentei fazer diferente essa noite; fiquei na cama pensando. E não deu certo.

Lembrei do traficante que eu vi no jornal. O cara tinha, dentro da cela do lugar onde está preso, duas pistolas, uma geladeira abarrotada, algum luxo e R$228.000,00.

Não, não tem zero demais aí. Duzentos e vinte e oito mil reais!
E ninguém viu, não é incrível?! Nos dois sentidos da palavra!

Incrível: adjetivo de dois gêneros e substantivo masculino; aquilo que não é crível, não se pode acreditar; fora do comum, ridículo, extravagante, excêntrico, singular, incompreensível (Houaiss).

Depois de tanto dólar na cueca e tantas outras coisas que ninguém sabe, ninguém viu, isso conseguiu me chocar! Minha reação foi rir...

Eu não tenho nada perto dessa grana. Mas fiquei pensando: e se tivesse?

1. Se tivesse, eu teria entrado naquele grupo de pesquisa, apesar do meu sobrenome, mesmo se fosse natural de uma tribo indígena da nascente do Rio Amazonas, e teria feito aquele doutorado.

2. Se tivesse teria processado aquelas pessoas, feito uma longa viagem pra desestressar e voltado linda e loura pra continuar a vida normalmente.

3. Se tivesse, talvez decidisse por continuar lá, podendo vir aqui uma vez por semana, nem que fosse só até o dinheiro acabar.

4. Se tivesse, teria um filho daqui a nove meses, com garantia de que ele/ela teria saúde, educação e segurança até ser dono(a) do próprio nariz, pelo menos.

Mas eu não tenho. E sabe por que?
Porque eu não sou traficante! Eu ouvi meu pai me dizer o que é bom e tô na lida, como a maioria de vocês. Eu optei por estudar e tentar sobreviver da maneira convencional: trabalhando. E sou obrigada a concordar com a minha mãe, que me disse hoje que a gente nunca ganha o quanto merece, ganha bem menos do que precisa, e menos ainda do que gostaria de ganhar.

Quem cresceu em Belém e ia às sessões do Cine Olímpia conhece bem como era o antigo funcionamento daquela loja famosa lá do lado. Todo sortimento de bala exposto e ao alcance das mãos. E sempre tinha um adulto descerebrado pra nos incentivar a sair da loja com os bolsos cheios de balinha... e do dinheiro que deveria ter sido usado pra pagá-las. O discurso era o seguinte: se eles (a loja) não quisessem que as pessoas pegassem, não deixariam exposto daquela maneira.

Será mesmo que deveria ser assim?

Eu tenho o orgulho de dizer que NUNCA, jamais, em tempo algum, saí daquela loja com uma balinha sequer no bolso que não tenha sido paga. Porque eu sabia, desde muito pequena, que aquilo não estava certo... Graças aos meus pais.

Eu fico imaginando quantas vezes as pessoas que roubavam balinha antes da sessão de cinema reproduziram isso de forma generalizada, seguindo a lógica do "todo mundo faz".
E quantas serão elas? Porque se forem a maioria...

O "dado concreto" é que eu não tenho essa grana.
E provavelmente você também não...

Vou dormir de novo!

Até.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Blogueiros Paraenses

Oi todo mundo!

Semana passada conheci uma comunidade no Orkut que tem uma proposta bem legal: agregar os blogueiros paraenses ou os forasteiros morando nas terras de cá.

Ah, sim! A comunidade se chama Blogueiros Paraenses, e o link está aqui
Comunidade de gente legal, com idéias legais, e textos mais legais ainda.
Recomendo!

Beijocas.

sábado, 31 de maio de 2008

Treino de Autocontrole: Exercício 1


Minha amiga Drica e eu fomos hoje fazer uma atividade divertidíssima: compras de supermercado.
Batata, cenoura, abobrinha, carne, peixe, papel higiênico. Tudo no carrinho e eis que, de repente, visualizei o cartão de crédito na prateleira do guarda-roupa.
E não é que ele estava lá mesmo?!
Como será que alguém consegue pagar as compras sem cartão e sem dinheiro???
Não consegue, né, anta?!
Esse pequeno contra-tempo faz parte de um importante treino de autocontrole para economizar.
Aliás, essa semana tem sido um período de muitas novidades: estamos em dieta. Sim, comendo pouco, comida saudável, com hora marcada.
É verdade que em vários momentos eu tive um desespero por um copo de coca-cola e um cachorro-quente com bastante salada de repolho e maionese.
Mas eu resisti!!!
O que pra vocês pode parecer besteira, pra mim é um grande passo!
Um "grande" passo para uma mulher, um "pequeno" passo para a humanidade!
Hehehehehehe...
Até!

domingo, 25 de maio de 2008

ERRATA!

Quero corrigir algumas coisas aqui.
Não em um post específico, mas no blog, de um modo geral.
Gosto de erscrever e gosto que as pessoas leiam o que eu escrevo, então, acho importante fazer isso.
O Paulo de vez em quando lê meu blog e, ao ler o último post, me disse que acha que as coisas que eu escrevo fazem parecer que eu sou muito infeliz. Ficou até preocupado, tadinho, com o meu grau de satisfação e felicidade.
Então, quero deixar bem claro o seguinte:
PESSOAL, EU SOU MUITO FELIZ!!!
Mas, quando tô triste, pensativa, quando algo me incomoda, quando pessoas me incomodam, tenho vontade de escrever.
Portanto, o que se lê aqui é regulado pela minha relação com a escrita. Sinto incômo, logo, sinto vontade de escrever. A fórmula é essa, e só.
Então, só pra confirmar pra quem interessa: PAIXÃO, EU TE AMO E SOU MUITO FELIZ, VIU?!
E tenho dito!

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Mais Louco é Quem Me Diz...


Química instável.
Depois de dizer isso eu nem precisaria continuar escrevendo, mas não tomei minha dose de "se mancol" hoje...

À minha vida se aplica plenamente aquela frase célebre que diz: "cada mergulho é um flash!".
Às vezes fico até ofuscada com tanto flash, tonta com a velocidade das mudanças.

Todas dentro de mim.

Voltei à estaca zero e essa foi minha prova dos nove. Permiti que isso acontecesse, mas confesso que não foi totalmente proposital; eu estava otimista quanto às minhas mudanças.

Tudo mentira! Promessas quebradas!

Minhas unhas estão roídas. Meu cabelo mudou de cor, de novo. Minha insônia dá o ar da graça toda noite. Tenho enjôo; minha cabeça pensa muito. Tento advinhar o futuro. Organizo a vida em pensamentos. O mundo conspira contra mim. A vida se embaralha outra vez. O ponteiro da balança sobe.

E eu fico aqui pensando: quem poderá me salvar???

Faço cronogramas pra cercar o tempo e me convencer a levantar em um horário decente, porque deus ajuda quem cedo madruga.

Me agarro a uma coisa de cada vez, embora eu saiba que a outra coisa é mais importante que a uma, e que isso limita minhas chances. Mas tudo bem, melhor um pássaro na mão que dois voando.

Nem sei se um dia estarei estável o suficiente pra fazer mais de uma coisa por vez, mas a esperança é a última que morre.

Considerando que já tenho 31, é melhor começar a levar a sério as tentativas de estabilizar, porque já deixei passar muitas oportunidades. Antes tarde do que nunca, mas não quero chegar aos 71 tentando. Ninguém merece ter crises existenciais nesse período da vida.

O que me consola é que, no final, tudo dá certo.

Às vezes fico mesmo pensando em todas as mudanças pelas quais eu passo sem entender exatamente o que tenho que mudar em mim pra me sentir fazendo parte do mundo. A última coisa na qual eu quero acreditar é que a gente é pra o que nasce.

Será mesmo que pau que nasce torto nunca se endireita?

(Segura o tchan!!!)

Antes, até, penso se vale a pena ficar falando sobre as minhas questões pessoais aqui. Na maioria das vezes fico constrangida em admitir minhas limitações e a maneira como funciono é uma delas... Quer saber? A vida é da pessoa!

Mas pensando na minha profissão, talvez fosse mesmo bom encerrar o assunto por aqui e fazer uma capa de equilíbrio e serenidade, porque em terra de cego, quem tem olho é rei.

Por outro lado, talvez compartilhar essas questões seja bom, no final das contas, porque uma andorinha só não faz verão. E eu já entendi faz tempo que, em certas situações, é preciso uma força-tarefa.

Bom, pode ser, inclusive, que não tenha ninguém aí lendo. Pode ser que, ao ler sobre as minhas questões pessoais, o máximo que você, leitor, possa ou consiga fazer é lembrar das suas próprias questões pessoais e fale sobre elas no seu comentário, esquecendo que o foco aqui são as minhas questões. E nesse caso, antes só que mal acompanhada!

Na verdade, eu agradeço a sua visita. Muito mesmo! E entendo que cada um trate a si como prioridade absoluta. O que eu quis dizer é que...

Ah! Deixa pra lá...
Cada um com seus problemas!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Outro tempo começou...


Escrevi isso há algum tempo e não postei. Hoje, ouvindo o Ney cantar "é preciso estar atento, forte. Não temos tempo pra temer a morte", me arrependi e resolvi postar.

Algumas coisas ainda são verdade, a não ser pelo fato de eu não ter persistido nas minhas "atitudes". Ah! A Lud sumiu. Pra valer, dessa vez. E eu expulso os passarinhos que vêm ao canteiro, porque acho que um deles papou a pobrezinha...

É o seguinte:

"Antes de tudo, o texto é grande, não comece se não quiser terminar!


Muitas coisas mudaram nos últimos dois meses e a grande maioria me trouxe uma tranqüilidade como há muito tempo eu não experimentava. Não que todas elas tenham sido boas, pelo contrário. Mas certamente todas elas me mobilizaram de tal forma que fui obrigada a aprender a contar o tempo um pouco mais devagar.

Pra falar a verdade, se voltasse no tempo, facilmente perceberia que já estava mais do que na hora de botar o pé no freio.

Foi preciso meu cérebro “tiltar”, meu corpo parar de responder na mesma freqüência, meu pensamento se desorganizar, eu ficar atordoada, triste e rancorosa, grudada no sofá, apática e perdida nos pensamentos trágicos.

“Pane no sistema, alguém me desconfigurou”.

Fui obrigada a começar o processo de mudança. Pra melhor! Por algum tempo tive medo de mergulhar nessa de mudar; medo de não ser mais eu mesma e perder pessoas. Mas, putz, quem sou eu mesmo???

Essa é a parte difícil de começar: não saber exatamente de onde partir.

Eu selecionei algumas coisas: apatia, tristeza, cansaço e medo.

Pra me movimentar, comprei um tênis; saí do sofá, comecei a lidar com a angústia de sair de casa, ir ao médico, ir à terapia, sair e ver o mundo. Nesse quesito ainda oscilo, mas acho que já avancei bastante!

Pra tristeza, estabilizei meu cérebro. Demorei pra aceitar isso, ainda não sei se consigo falar... E pra falar a verdade, acho que não preciso.

Pro cansaço, comecei a criar estratégias pra dormir bem, não ter pesadelos, não acordar às 4h da madruga, não me assustar com minhas tentativas de grito durante o sono. Era muita coisa ao mesmo tempo e descansar, respeitar meu horário de sono, me obrigar a olhar pro teto, se necessário, até dormir, tudo isso fez a maior e a melhor diferença de todo o processo até agora.

Pro medo, adotei uma aranha. Quem me conhece sabe que não tenho uma relação amistosa com aracnídeos de um modo geral. Mas essa aranha é especial...

Temos uma jardineira na varanda de casa e lá tem diversas plantas e matinhos que eu planejava substituir, mas o Paulo achou uma aranha lá e a Gisele a batizou de Ludmila. Nós a chamamos – intimamente – de Lud.

Ela é uma Aranha de Prata, é fêmea mesmo e faz e refaz sua teia numa agilidade impressionante. Passamos a alimentá-la com moscas e formigas que achávamos pela casa. Até que um dia ela simplesmente parou. Não refez mais a teia, não comeu os bichinhos que caçou – e nem os que nós caçamos.

Minha primeira reação foi sentir culpa. Achei que tínhamos dado algum bichinho envenenado pra ela e que ela estivesse morrendo. Achamos que talvez ela não devesse comer soldadinhos (aqueles bichinhos pretos com bolas brancas nas asas) e tinha sido sua última caça, a que estava no centro da teia.

Depois fiquei com raiva dela – sim, pode rir, criei uma relação de afeto com ela – achei que ela tinha desistido, que era uma aranha fraca e que realmente não merecia sobreviver.

Um dia, olhei pra teia e havia duas aranhas lá. Fomos olhar de perto, curiosos, e percebemos que ela estava crescendo. Passou quase 48h fazendo o esforço de crescer dentro da “casca” velha até conseguir se livrar dela... Achei o máximo e me arrependi de ter xingado a Lud quando ela parecia ter desistido.

Entendi que eu agia assim com as pessoas e comigo. Profundo isso, né? Mas é verdade! Não tinha paciência pra respeitar os limites, meus e dos outros. Não conseguia compreender quando alguém travava, quando andava em descompasso com meu ritmo acelerado, quando eu achava que a pessoa poderia me acompanhar e não me dava ao trabalho de perguntar se poderia mesmo. A Lud me deixou atenta a isso todos os dias depois de sair da “casca”.

Outro dia deu uma ventania muito, muito, muito forte e ela sumiu, a teia sumiu, tudo sumiu... Fiquei triste. A Lud saiu voando e não vai voltar. Acho que não estava preparada pra isso.

Mas eis que, passada a chuva, achamos a Lud subindo do pé da planta onde ficava a teia dela, fazendo uma teia provisória. Continuava forte, bonita e grande. Fiquei orgulhosa dela! Fiquei orgulhosa de mim...

E assim vai a vida: uma coisa de cada vez, lenta e despreocupadamente, respeitando o relógio grande que agora conta o tempo pra mim.

Dizem por aí, que no relógio grande o tempo demora mais a passar! (hihihihihihihihihihihihihi)

Beijos, queridos!"

sábado, 5 de abril de 2008

Vai começar a diversão!


Queridos, voltei!

Minha vida cigana me trouxe de volta pro ninho. Foi uma despedida estranha. Só o mar e eu...

Não havia ninguém no aeroporto, não teve festa de despedida, não houveram telefonemas. Só eu e o mar...

Fui vê-lo, porque o céu me dizia que ele estava triste, cinzento, revolto. O céu chorou me contando isso. Chorou muito! E eu também...

Não havia do que, ou de quem me despedir, a não ser o mar, e mesmo assim eu chorei na despedida. Talvez esse choro se deva ao fato de que o mar é mesmo maior que tudo isso. Só ele e eu entendemos isso.

E foi assim: pisei na areia, suas ondas tentando me alcançar. Estava calçada, mas não resisti. Despi os pés e deixei que ele me acarinhasse pra dizer adeus. Foi insuportável vê-lo tão cinzento depois de tantas vezes admirar a infinitude do seu azul.

Tive vontade de mergulhar, ficar imersa nas suas cores, no seu sal, me misturar a ele, virar mar também. Tive vontade de ficar lá, até perder a hora, até perder as idéias, até perder a noção do tempo. Só o mar me tirava de mim naquele lugar.

Mas deixei que ele me afagasse os pés com sua espuma, se agitasse com meu afastamento, como tentando me alcançar, e fui.

Estou aqui, longe do mar, perto de tudo o que eu quero, feliz. Sem festa de chegada, sem recepção no aeroporto, com as caixas bagunçadas e - conseqüentemente - parte da vida também. Mas estou de volta à vida real.

E ela sim, é maior que tudo isso!

segunda-feira, 3 de março de 2008

Para o meu amoreco, Paulo (Da Série "Cartas")


Oi fofura!
Quero te contar do meu final de semana divertido.
A viagem de ônibus foi muito tranqüila e eu consegui dormir a noite toda. Quando tava chegando aqui abri as cortinas do ônibus e vi a cidade toda coberta por aquela neblina típica daqui. Um friozinho gostoso! Naquele momento pensei que eu e você poderíamos ter vivido aqui por um bom tempo, felizes.
A casa da Ró continua igual, mas agora com mais moradores, o que - na verdade - torna tudo diferente e mais divertido.
Fomos pra um sítio ontem e foi muito bacana. Meu nariz tá vermelho, você tinha que ver! Nosso passeio pelo sítio me rendeu marquinha de sol e uma chinela atolada em bosta de vaca. Bosta é uma palavra feia, né? Mas é engraçada!
Hoje quando acordei tive a sensação estranha que tenho sempre que viajo: que só há dois lugares no mundo nesse momento - onde eu estou, e onde você está. É como se eu nunca tivesse estado em outro lugar... Estranho.
E apesar dessa sensação, tenho certeza que as coisas só farão sentido quando só houver um lugar; quando nósestivermos juntinhos em casa, mesmo sem neblina e friozinho.
Te amo muito! Tõ com uma saudade de você...
Beijoca.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Para minha amiga Rosângela (Da Série "Cartas" - Texto em baianês)



Ró, querida, que saudade de você!
Como estão as pessoas da casa? Sinto falta de todos, até de Cissa!
Vim a Salvador resolver minha vida e estou hospedada na casa de Mariana, que você conheceu da última vez que esteve aqui.
Isso me faz pensar em todos vocês aí e no quanto era divertido estar em sua casa.
Aqui as pessoas são surpreendentemente livres, destemidas e sem culpa. Achei isso o máximo! D. Marina, mãe de Mari, é gente finíssima e nem um pouco repressora. Outro dia, conversando com Paulo, disse a ele que achava muito curioso as pessoas poderem falar sobre "sexo, drogas e rock'n roll" com a própria mãe.
Ela, D. Marina, costuma me dizer que passar esse tempo na casa dela será uma experiência transformadora em minha vida. E eu concordo!
Mariana é uma menina (usando as palavras dela) "virada na porra", muito batalhadora e tem se mostrado uma amiga muito especial.
Atribuo isso à educação budista que todas receberam aqui.
Mas voltando à sua casa, diga à Raíssa que quando eu chegar, faremos várias coisas muito legais! Aprendi a fazer um molho que vocês vão adorar. E vá se preparando porque essa semana tô carente de mãe e você vai ter que me fazer cafuné. Desocupe minha cama, hein?!
Ah! E compre lá o xarope ou seja lá o que for aquela mistura infalível que você prometeu!
Sexta-feira estarei aí.
Super beijo!
Mi.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Para minha amida Drica (Da Série "Cartas")


Drica, querida!
Como estão as coisas? Tem feito um calor infernal aqui. Sim! existe um lugar mais quente que Belém! E é exatamente onde estou...
Como tinha te dito antes, as coisas mudaram por aqui. Vou poder ir à praia! Seis hora de trabalho por dia... Posso ir todas as manhãs se quiser! Pelo menos enquanto tem praia. Muito em breve não haverá mais.
Apocalíptica essa declaração (A propósito, escrevi certo?).
Ando feliz e aliviada, mas como sempre, contando os dias!
Bom, ultimamente eu ando como o Chico diz naquela música, pensando em telefonar, mas a tarifa não tem graça. Queria contar as novidades pessoalmente, mas até ter a oportunidade elas já não serão mais novidade.
A vida é assim. Tudo corre muito aceleradamente! Pra alguns, pelo menos.
Quero saber de ti. Me escreve quando tiver um tempinho. Pelo menos a tecnologia favorece as relações, já que as operadoras de telefonia se ocupam de prejudicá-las.
Ah! Diz pra tua mãe que talvez eu vá pra inauguração da casa nova e vatapá não é, necessariamente, um prato popular. O dela, particularmente, é divino!!!
Não esquece de escrever, hein?!
Um beijo muito carinhoso pra minha pequena grande amiga (Ô trocadilho infeliz! Mas é sincero!)
Tchau,
Mi.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Para minha amiga Vivian (Da série "Cartas", hihihihihih...)




Tenho pensado muito em você. Estou realmente com saudade! Queria discutir a "profundidade" da vida e suas conseqüentes angústias, te dar um abraço e chorar no seu ombro.
Hoje a química tá alterada, por isso a vontade de chorar... :o)
Você tá pronta pra encarar a estrada? Te acho tão repentinamente forte! Queria estar assim.
(Bom, se é que é possível essa classificação, minha inveja - de querer estar como você - é boa!) Fiquei tão, mas tão feliz por você encarar essa nova jornada...
Tô na torcida!
Tô de volta a Salvador, mas contando os dias pra voltar pra casa. Tenho certeza que você compreende.
Ah! Gostei tantíssimo da sua mensagem de aniversário! Fiquei toda orgulhosa - e chorosa - com o título de "sua melhor amiga"!!! Vamos mesmo planejar aquelas mini-férias, ok?
Pra terminar, um super clichê personalizado pra você: a cartinha é curta, mas o carinho é grandão, viu?
Super beijo, amida!
Mi.