sábado, 9 de junho de 2007

Eu faço gente!



Eu faço gente!
Faço gente que (na maioria das vezes) já é grande
E por isso mesmo já tem características só suas
E já tem história
E eu refaço toda a gente que faço
Sempre que eu quero
Sempre que é necessário
Mesmo assim, ninguém é perfeito

Faço gente com as mãos
E cada gente é única
Não preciso sequer jogar os moldes fora
Porque pra mim eles são inúteis!
Às vezes uso instrumentos
Estranhos instrumentos...
E dou às "gentes" que faço, os seus próprios instrumentos
Que podem (até) ser musicais
Dou a elas o que lhes cabe
O que elas querem

Eu posso!

Uso adesivos pra juntar cada pedaço de gente feito individualmente
E essa gente não se parte
Não se quebra
E, embora feita em partes, é um todo
A minha gente é completa
E eu, que sou gente feita de outro amterial, não sou.

Mas faço gente.
E lembro de cada gente que fiz
E sei que minha gente serve pra fazer gente como eu, um pouquinho mais feliz...

(Michele.)

2 comentários:

Anônimo disse...

Um literato mais afeito as regras provavelmente se ficxaria nos cultismos e conceptismos para analisar teu texto. Eu, com minhas vastas limitações, além de ter me encantado com o cerne das abstrações, adorei a dança das palavras e a possibilidade de comtemplar/constatar a pluralidade do mundo e das pessoas.

Abraço Fraterno

Vivi disse...

Mi! Amei seu texto! Dá tanto pano pra manga...
Tenho certeza que você é ótima fazedora de gentes!
Beijos